Sunday, January 26, 2003


Vou cantar para você, um pouco desafinado talvez, mas vou cantar. Cantarei enquanto você coaxa, dançarei sobre seu cadáver sujo...”

Vou colocar aqui um trecho de um livro que estou lendo, de 1934, chamado Trópico de Cancer, de Henry Miller. Tal autor já foi(ainda é) considerado pornográfico, obsceno e imoral. Na verdade, é tudo isso além de ser um artista. O belo e o feio se misturam.

"Parece que onde quer que eu vá existe drama. As pessoas são como chatos - penetram na pele da gente e enterram-se lá. Todos têm sua tragédia particular. Está no sangue agora - infortúnio, tédio, aflição, suicídio. A atmosfera está saturada de desastre, frustração, futilidade. Coça-se e coça-se- até não restar mais pele. Estou clamando por mais e mais desastres, maiores calamidades, malogros piores. Quero que todo mundo se desmantele, quero que todos se cocem até morrer."

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